ESTIMA-SE QUE, TODOS OS ANOS, OS OCEANOS SEJAM POLUÍDOS COM CERCA DE 4,8 MILHOES A 12,7 MILHÕES DE TONELADAS DE PLÁSTICOS.

Qual o impacto social das alterações climáticas?

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Falamos muito sobre o impacto negativo das alterações climáticas no meio ambiente, mas e o seu impacto social? 

  • ONG Oxfam estima que os 10% mais ricos no mundo produzem 50% das emissões de carbono, enquanto que a população mais pobre só produz 10%.
  • Em média, uma pessoa que pertence a 1% da população mais rica usa carbono 175 vezes mais do que alguém que faça parte dos 10% mais pobres.

Os mais afetados são os países em desenvolvimento, especialmente a África subsariana. Mas, porquê?

  • São os que tem menos mecanismos e recursos para combater as alterações climáticas. Por outro lado, têm uma maior dependência dos recursos naturais.

Hoje falamos sobre como as mudanças climáticas geram um impacto social negativo!

Qual o impacto das alterações climáticas?

Económico

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Segundo um estudo da Universidade de Stanford, os países mais pobres estão ainda pior economicamente do que estariam sem o aquecimento global, enquanto que a maioria dos países mais ricos enriqueceram mais com esta situação. Apesar da diferença da desigualdade económica ter diminuído, poderia ser menor sem o problema das alterações climáticas.

  • O país mais afetado é o Sudão. Estima-se que esteja 36% pior do que estaria sem as alterações climáticas. Já o país que mais beneficiou desta situação foi a Noruega, em cerca de 34%.
  • World Bank avisa que, até 2030, mais de 100 milhões de pessoas podem ser empurradas para a pobreza extrema se não tomarmos medidas.

Saúde

Países em desenvolvimento, que tendencialmente têm um sistema de saúde mais fraco, apresentam mais dificuldades em lidar com os resultados das alterações climáticas. 

Organização Mundial de Saúde estima que, entre 2030 e 2050, estas sejam responsáveis por 250.000 mortes adicionais a cada ano, resultantes de má nutrição, malária, diarreia e ondas de calor.  

Assim, as mudanças climáticas influenciam negativamente o ar puro, a água potável, a segurança alimentar e o abrigo seguro. 

Por exemplo, as alterações nos ciclos de precipitação podem condicionar o abastecimento de água potável. A falta deste recurso afeta a higiene e aumenta o risco de diarreia, que é a segunda causa que gera mais mortes entre crianças com menos de 5 anos em países em desenvolvimento. 

A escassez de água pode levar à seca e fome. Esta mesma seca afeta a agricultura que é a maior fonte de rendimento e emprego destes países, colocando mais pessoas na pobreza.  No final do século XXI, estima-se que a frequência e intensidade de secas aumente, agravando as desigualdades no mundo e forçando mais pessoas a deixar as suas residências

 

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Apartheid Climático

 Em 2019, a ONU alertou para o elevado risco de “Apartheid climático”.  Este termo consiste na ideia de que a população mais rica vai poder adaptar-se às alterações climáticas, enquanto que as comunidades mais pobres não. 

Quando tiverem de escolher entre fome ou migração, quem pode fugir às ondas de calor, fome e conflito, fá-lo-á. Já os outros, não tendo os recursos para escapar, irão enfrentar as consequências injustamente.

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Deslocados climáticos

Em 2019, dos 33.4 milhões de pessoas que tiveram de fugir de suas casas, quase 25 milhões foi por desastres naturais. Aliás, foi o número mais alto desde 2012 e 3 vezes o valor de deslocamentos resultantes de conflito armado e outros tipos de violência. Surpreendidos? 

O país mais afetado foi a Índia, com 5 milhões de deslocados climáticos. 

Recentemente, tem-se vindo a ouvir cada vez mais o conceito de refugiado climático  neste tipo de situações, porém não existe definição legal para tal. 

 

Por isso, para lutar por um mundo mais justo, as alterações climáticas não podem ficar de fora!

Sabias que o cultivo de algodão secou o mar de Aral? O Uzbequistão foi muito afetado por esta prática. Sabe tudo aqui.

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David Attenborough