O mais recente estudo publicado pela revista Environment International dá conta de que foram encontrados microplásticos na placenta humana.
Assim, e de acordo com Elizabeth Salter Green, da instituição de caridade Chem Trust, “os bebés estão a nascer pré-poluídos“. Apesar de se tratar de um estudo muito pequeno, este não é um bom preságio para o futuro da humaninade.
O estudo realizado em quatro mulheres, detetou microplásticos na placenta de duas delas. Apesar de apenas 4% da placenta ter sido analisado, não é uma percentagem que deva ser igorada. Com um espessura de 0,01 milímetros, foram encontrados resíduos azuis, vermelhos, cor de laranja e cor-de-rosa.
O estudo revela ainda que estes microplásticos podem ser provenientes de embalagens, cosméticos e produtos de higienee.
Por outro lado, o facto de estes resíduos terem sido apenas detetados em duas das mulheres estudadas pode estar relacionado com as suas dietas e estilos de vida.
Apesar de não serem conhecidas as consequências dos microplásticos nestas circunstâncias, estima-se que estes causem danos a longo prazo no desenvolvimento do feto. Podem ainda prejudicar o sistema imunitário pela presença de produtos químicos.
Os cientistas alertam assim a necessidade de serem realizados mais estudos de modo a averiguar as reais consequências desta situação.
“Devido ao papel crucial da placenta no apoio ao desenvolvimento do feto e na atuação como interface com o ambiente externo, a presença de partículas plásticas potencialmente nocivas é motivo de grande preocupação”, afirmaram ao jornal The Guardian.