ESTIMA-SE QUE, TODOS OS ANOS, OS OCEANOS SEJAM POLUÍDOS COM CERCA DE 4,8 MILHOES A 12,7 MILHÕES DE TONELADAS DE PLÁSTICOS.

Encontrados microplásticos perto do pico do Evereste

Everest
Existem duas formas de ler esta notícia: pensarmos que é algo natural e consequente da evolução da sociedade ou refletirmos sobre a forma como temos agido com o Planeta Terra.

Há cerca de dois anos uma expedição visitou o ponto mais profundo do planeta Terra, a Fossa das Marianas, encontrando o que já muitos suspeitavam: microplásticos

Neste sentido, Victor Vescovo, o responsável pelo recorde da exploração mais profunda do oceano com recurso a submarino, encontrou a 10.927 metros de profundidade embalagens e sacos de plástico.

Fossa das Marianas

A Fossa das Marianas fica situada no Mar das Filipinas. É o local mais profundo dos Oceanos, com uma profundidade de 10.984 metros.

Sabe-se agora que os microplásticos não estão apenas no local mais profundo dos oceanos. Um estudo publicado pela revista científica One Earth, liderado por cientistas dos Estados Unidos da América, Nepal e Reino Unido, revelou assim a existência de microplásticos perto do pico do Evereste.

Recordamos que esta é a montanha mais alta do mundo, com 8.848 metros de altitude.

Surpreendentemente, de acordo a referida publicação, foram encontradas 70 partículas de microplástico por litro em todas as amostras de neve recolhidas a 8.440 metros acima do nível do mar.

Apesar de a probabilidade de estarem relacionadas com artigos de antigas expedições, os investigadores desconfiam também da possibilidade de os mesmos terem sido transportados pelos ventos fortes das regiões a partir das altitudes mais baixas.

“Os microplásticos são gerados por uma série de fontes e muitos aspetos da nossa vida diária podem levar à entrada de microplásticos no ambiente. Nos últimos anos, temos encontrado microplásticos em amostras recolhidas em todo o planeta – desde o Ártico até aos nossos rios e mares profundos”.

A investigação publicada pela revista científica One Earth, contou com amostras de neve recolhidas entre abril e maio do ano passado.

“Não sabia o que esperar em termos de resultados, mas surpreendeu-me realmente encontrar microplásticos em todas as amostras de neve que analisei. O Monte Evereste é um lugar que sempre considerei remoto e primitivo. Saber que estamos a poluir perto do topo da montanha mais alta é um verdadeiro alerta”, rematou Imogen Napper.

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